O presidente da Executiva Estadual do PSDB de São Paulo, Paulo Serra, finalizou a primeira etapa do curso de Financiamento de Infraestrutura, Regulação e Gestão, da Escola de Governo “John Fitzgerald Kennedy”, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Após 20 dias de estudos em Boston, o ex-prefeito de Santo André desembarcou no Brasil nesse fim de semana e já deu início à uma série de reuniões com correligionários e lideranças políticas, visando à junção do PSDB com o Podemos e o pleito eleitoral de 2026. O retorno ao País também prevê o lançamento de uma biografia.

No Brasil, o tucano dará prosseguimento ao curso de Gestão Pública de Harvard, mas no formato on-line. A primeira etapa da especialização abordou a aplicação de PPPs (Parcerias Público-Privadas) pelo mundo, com uma análise individual de casos, entre eles a construção do Porto de Colombo, no Sri Lanka; de um hospital em Lesoto, na África; e do Aeroporto Internacional “Tom Jobim” (Galeão), no Rio de Janeiro-RJ.

De 5 a 17 de maio, o tucano estudou com outros 65 gestores públicos provenientes de 16 países. Na sexta-feira (17), antes de arrumar as malas de volta ao Brasil, Serra recebeu da linha de frente de Harvard o certificado de conclusão da fase teórica, em formato presencial.

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O módulo de ensino norte-americano escolhido pelo tucano para edificar o currículo capacita os alunos a enfrentarem, na prática, restrições econômicas, sociais, políticas e climáticas durante a execução de obras e em ambiente que exige a aplicação de infraestrutura sustentável e eficiente diante de mudanças climáticas:

“Neste período, em sala de aula, foi abordado o que há de mais moderno no formato de PPPs pelo mundo, com direito a exemplos de grandes obras de infraestrutura que representam um avanço significativo para uma determinada região ou nação. Agora, de modo virtual, os estudos continuam até o fim deste mês”, relata Serra, único político do Grande ABC a ser aceito em Harvard.

Pela universidade, uma das mais conceituadas do mundo, já passaram o prefeito João Campos (PSB), de Recife (PE), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

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Fusão PSDB-Podemos

De volta ao Brasil, Serra vai se dedicar às tratativas que preveem a incorporação do PSDB ao Podemos. A união dos dois partidos teve início no fim de abril e resultará numa sigla com 28 deputados federais, o que representa 5% da Câmara. Juntas, as agremiações terão sete senadores, dois governadores e 400 prefeitos eleitos em 2024, incluindo duas capitais.

Para o tucano, a junção vai fortalecer o PSDB e devolver aos tucanos o protagonismo que sempre tiveram na gestão pública e em processos eleitorais, após período conturbado de baixas pelo País.

A fusão do Podemos com o PSDB também será importante para definir o futuro político do ex-prefeito de Santo André. Após dois anos de mandatos consecutivos, o tucano deixou a administração do Paço Municipal andreense com 80,1% de aprovação e o sucessor eleito. Os bons resultados no Grande ABC têm refletido em recentes pesquisas de intenção de voto. 

Estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Real Time Big Data mostra o tucano com 13% na disputa pelo Governo do Estado. Serra também é lembrado pelo eleitorado paulista na corrida pelo Senado Federal, alcançado 4%.

Biografia

Em paralelo aos estudos em Harvard e às costuras políticas-partidárias, o presidente do PSDB bandeirante está em fase final de produção de um livro sobre seus dois mandatos como prefeito de Santo André. A expectativa é que a publicação seja lançada no segundo semestre deste ano:

“A ideia é reiterar que a boa gestão, o empenho e a austeridade fazem diferença no resultado efetivo da política pública. Além disso, abordarei o sentimento de pertencimento dos andreenses, que teve sua relação com a cidade estreitada a partir de uma gestão disruptiva”.

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