Gestão Taka Yamauchi vê inconsistências no projeto original e propõe mudança de endereço
Era 28 de maio de 2024, quando José de Filippi Júnior (PT). o então prefeito de Diadema, realizou ato oficial de demolição de parte do Paço Municipal para a construção do novo Hospital Municipal, cinco meses antes da eleição que resultaria na sua derrota. Quase um ano depois, sob gestão do prefeito Taka Yamauchi (MDB), a proposta será totalmente reformulada, com sugestão de mudança no endereço para a Avenida Ulisses Guimarães. Segundo o governo, um novo cronograma para o empreendimento é necessário.
Em vias de completar aniversário, o evento do novo Hospital Municipal, no fim, ficará apenas como uma página virada na história da Diadema, com demolição parcial do Paço e uso de recursos públicos em vão. De acordo com a administração municipal, o projeto anterior do equipamento de saúde sequer previa um estudo de impacto de vizinhança, considerado fundamental para uma construção desse porte, o que obrigou o Paço a solicitar a elaboração desse levantamento para avaliar os efeitos no entorno.
Conforme antecipou o Diário em março, outra pretensão de Taka é firmar junto ao Ministério da Saúde a troca da localização do hospital, uma vez que a área circundante do Paço apresenta limitações logísticas que podem comprometer o fluxo de pacientes, e serviços de urgência e emergência. Sob a óptica do prefeito, a região é completamente inadequada para abrigar uma estrutura de tal magnitude, podendo, portanto, comprometer a qualidade do atendimento prestado.
Como alternativa, a Prefeitura de Diadema apresentou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), dois terrenos de propriedade do município, ambos na Avenida Ulisses Guimarães. Para o governo, a localidade oferece melhor infraestrutura viária, facilita o acesso da população e garante condições mais adequadas para o funcionamento dos serviços hospitalares. Além disso, o Paço estima que essa alteração resultará em uma economia de aproximadamente R$ 150 milhões no custo total da obra, antes avaliada em R$ 320 milhões.
A gestão do emedebista ressalta que esse projeto será viabilizado por meio de convênio com recursos do Orçamento Geral da União, sem a necessidade de financiamento, aliviando assim os cofres municipais.
HISTÓRICO
Um anseio antigo da população de Diadema, a futura unidade hospitalar serviria para substituir o atual Hospital Municipal, situado no bairro Piraporinha, que já conta com uma estrutura aquém para garantir um atendimento qualificado, e sem possibilidade de ampliação. O prédio onde abriga o serviço pertence ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que cede ao município.
A pretensão de Filippi era entregar o edifício ao proprietário a partir da abertura do novo Hospital Municipal, na área do Paço, oferecendo 12 andares e 212 leitos, oferecendo unidades de terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, além de centro de diagnóstico, cirurgia, ortopedia, obstetrícia, saúde mental e emergência. A promessa era um dos carros-chefes do petista na tentativa de alcançar o quinto mandato à frente do governo de Diadema.
Entretanto, a população precisará ter um pouco mais de paciência para mudanças de rotas em torno do futuro equipamento. Até lá, o Hospital Municipal no Piraporinha seguirá presente na rotina do diademense.
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