Outra notícia: em 1995 nascia o Caderno Setecidades, carro-chefe do noticiário local do Grande ABC, cidade a cidade, como o nome da Editoria conduz.

Vale uma retrospectiva: o Setecidades já teve outros dois nomes: Editoria Geral, comandada por nomes como os de Hildebrando Pafundi e Edison Motta; Cidades & Serviços, levado adiante por profissionais do porte de Rita Camacho.

A NOSSA HISTÓRIA

Em 9 de maio de 1968 nascia o Diário do Grande ABC, dez anos depois do lançamento do semanário News Seller. 

O Diário, pois, é a continuidade do NS. Já nasce experiente, registrando na capa a edição número 623 – continuação numérica iniciada com o nº 1 do News Seller, este lançado em 11 de maio de 1958, num domingo, Dia das Mães.

Já o Diário primeiro circula com 24 páginas numa quinta-feira trazendo na manchete: "Prisão de sacerdotes agita círculos católicos da região".

À frente do jornal, os quatro criadores amigos que se conheceram na Vila Zelina, Zona Leste de São Paulo, e cujos nomes são publicados diariamente pelo Diário atual: Edson Danillo Dotto, Maury de Campos Dotto, Fausto Polesi e Angelo Puga.

O RAMALHINO

Nestes anos todos, o Diário criou. E criou muito. Um dos personagens, inesquecível, foi bolado pelo cartunista Binho, sob inspiração do repórter Valdenízio Petrolli: o Ramalhino.

Binho fez a primeira versão do Ramalhinho, que teve outros desenhistas pelos anos seguintes. Sua função: denunciar os pequenos-grandes problemas do Grande ABC - o buraco de rua, a placa de trânsito danificada, a calçada esburacada.

Democrático, o Ramalhinho denunciava e premiava. Do “Negativo” ao “Positivo”, bastava o Poder Público corrigir o que era errado.

As Secretarias e/ou Diretorias de Serviços Urbanos mantinham equipes para atender ao Ramalhinho. Os leitores ligavam: “Quero falar com o Ramalhino”.

Todos, da Redação, faziam o papel de Ramalhino. Anotavam as queixas. E a Reportagem ia a campo para fotografar o mal denunciado.

Álvaro Nosé, secretário da SU de Santo André, moldava sua pasta com atenção total à coluna Negativo/Positivo. E o Ramalhino – numa homenagem a João Ramalho – fazia o maior sucesso como prestador de serviços, verdadeira utilidade pública. E, acreditem, nunca foi premiado.

SETECIDADES

E chegamos ao 9 de maio de 1995. Nascia o Caderno Setecidades com uma matéria especial: “Santo André do futuro une 2º Subdistrito”.

Arquiteto Alessandro Lopes, aos 22 anos de idade, propunha a construção de um centro de convenções e de exposições na Avenida dos Estados, “para atrair indústria e comércio à cidade”. 

E quantas e quantas reportagens seguiram-se, revelando tantos e tantos jornalistas, fotógrafos, diagramadores, cartunistas.

PRÓXIMAS ATRAÇÕES

Sendo assim, aplausos ao Diário e ao Setecidades, onde se insere Memória. A Memória nossa de cada dia. Que os anos que virão nos aguarde. Dia a dia, a gente vai contando...

Crédito da foto 1 – Banco de Dados (9-5-1995)

EVOLUÇÃO, SEMPRE. Com esta composição gráfica, o Diário sintetizava uma trajetória iniciada em 1958 e que chegava a 1995: desde então, mais 30 anos passados, muita coisa boa aconteceu a partir do Palácio da Imprensa da Rua Catequese, 562, coração do Grande AB

NAS ONDAS DO RÁDIO

GRANDE ABC E VOCÊ

Produção, apresentação e texto de abertura: José Carlos Pereira, que fez história na Publicidade do Diário. Consultora musical: Marilza Cunha Pereira. Amanhã, sábado, a partir das 7h da manhã. Rádio ABC AM (1570) e FM (81.9).

QUINTA AVENIDA

Gravações com quatro cantores negros norte-americanos com o timbre vocal privilegiado de baixo-barítono – PARTE 1.

São eles: Earl Coleman, Arthur Prysock, Joe Williams e Al Hibbler.

Intérpretes da grande canção norte-americana da era das big bands e do swing. 

Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga.

No ar nesta sexta-feira a partir das 12h.

Para ouvir, acessar o site: www.radio365.com.br/radio-365-news/

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 9 de maio de 1995 – Edição 9008

MANCHETE – Trens param por 24 horas no Grande ABC. Metroviários também decretavam greve e deixavam 2,5 milhões sem transporte em São Paulo.

FUTEBOL – A goleada por 3 a 0 para o Olímpia, domingo (dia 7) levou o técnico do EC Santo André, o uruguaio Sérgio Ramires, a entregar o cargo.

MEMÓRIA – Cidade a cidade, a história dos pracinhas do Grande ABC. Nesta edição, os expedicionários de São Bernardo.

EM 9 DE MAIO DE...

1895 – Seguiam para São Bernardo 654 novos imigrantes, aguardando-se outros 200 que chegariam pelo vapor Gothardo.

1905 – Do correspondente do Estadão em São Bernardo: no domingo próximo, na raia da Estação São Bernardo, importantes corridas de animais.

NOTA – Ao que tudo indica, as corridas seriam realizadas na área posteriormente loteada com o nome de bairro Casa Branca, propriedade dos Queirós dos Santos, cuja geometria lembra o de um hipódromo.

Pisa, Itália, 5 – O advogado Merlini suicidou-se, atirando-se da tore inclinada. A sua morte foi instantânea.

1955 – Agravava-se de novo a situação do abastecimento de abastecimento. Decretada rigorosa poupança de energia e luz elétrica. Cortes de fornecimento ocorreriam a parir de 1º de junho (de 1955).

1970 – Metalúrgicos da Pirelli reivindicavam um reajuste salarial de 30% em seus salários.

Prefeito Walter Braido inaugurava o Parque Infantil Helena Mussumuci, no bairro Mauá, em São Caetano.

AUSA (Associação dos Universitários de Santo André) elegia nova diretoria: presidente, Rubens Bravo; vice-presidente, Silvio Valentim Valente.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Quarenta e três cidades aniversariam em 9 de maio, a maioria delas na Bahia e no Rio Grande do Sul. Seguem algumas:

No Rio Grande do Sul, Cidreira, Imbé, Rios do Sul, Montauri, Nova Alvorada.

Na Bahia, Capim Grosso, Filadelfia, João Dourado, Maetinga, Nordestina.

São Pacômio

9 de maio

(Egito, 287-347). Eremita. Abriu vários mosteiros em seu país. 

Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele.

João 6,56.

Ilustração: Padre Alex Nogueira (divulgação)