O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, afirmou que a orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é "não tergiversar" em relação ao combate às fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à prevenção à corrupção. Segundo ele, a tarefa da CGU é responsabilizar quem precisa ser responsabilizado, "doa a quem doer".
"O presidente Lula nos orienta todo dia, a mim, ao ministro Jorge Messias, Ricardo Lewandowski, a não tergiversar em relação ao combate a fraudes, prevenção de fraudes, combate à corrupção e prevenção à corrupção", disse ele, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 8, no Palácio do Planalto para dar atualizações sobre a Operação Sem Desconto. "Foi o governo do presidente Lula que garantiu, e garante, a autonomia necessária e fornece instrumentos para que esses órgãos trabalhem e coíbam esse tipo de coisa. E foi o que aconteceu", acrescentou.
De acordo com ele, a partir de agora, com o andamento das investigações, ações devem ser tomadas. Da perspectiva da CGU, segundo Carvalho, cabe abrir e apurar processos de responsabilização da lei de corrupção contra entidades que têm suspeita de fraude e de estarem envolvidas em corrupção, e abrir processos disciplinares e apurar contra servidores públicos envolvidos. "Estamos fazendo tudo isso", comentou. "Essa tarefa vai ser cumprida porque nosso objetivo é investigar tudo isso profundamente e responsabilizar quem precisa ser responsabilizado, doa a quem doer", enfatizou.
Na fala, ele citou que, pelos indícios até então coletados, há algumas associações que foram criadas com objetivo de fraudar esses descontos e "ir por um caminho de extrair renda de aposentados de maneira ilegal, criminosa".
Carvalho ainda fez uma breve explicação do começo dos descontos ilegais. Segundo ele, em 2019, valores dos descontos do INSS começam a aumentar, mas que mesmo assim não foi criado sistema de controle. Já em 2022, "teve um momento que cai por terra" a possibilidade de revalidação periódica das entidades do INSS.
Ele também citou que, na esteira da Operação Sem Desconto, algumas informações foram criadas e distorcidas para se criar desinformação. "Essa desinformação é muito prejudicial para a população brasileira, principalmente os aposentados", disse.
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