Política Titulo Ruptura partidária
Disputa pelo PT de Mauá tem denúncia de suposta irregularidade

Comissão eleitoral partidária teria membros em cargos comissionados na Prefeitura, o que segundo o estatuto da legenda é proibido

Wilson Guardia
02/05/2025 | 08:23
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FOTO: Reprodução/Facebook | FOTO: Divulgação/Alesp


Passados 12 anos, o PT retoma o PED (Processo de Eleição Direta) para a eleição dos presidentes municipais, estadual e nacional em pleito único, agendado para 6 de julho, mas o processo na cidade de Mauá começa tumultuado. Dois nomes estão inscritos para a disputa. Rômulo Fernandes, deputado estadual e atual presidente da sigla, e o servidor público Luiz Cuer, suplente de vereador. Há pedido para destituição da comissão eleitoral, que está em análise interna do diretório.

Cuer aponta irregularidade na formação do grupo de trabalho e evoca o estatuto do partido, artigo 33, em documento datado em 29 de abril. “Filiados e filiadas ocupantes de cargo ou funções no Poder Executivo estão impedidos de participar das comissões executivas no mesmo nível”, justificou a equipe do candidato na circular.

As primeiras movimentações internas demonstram uma ruptura partidária que envolve, segundo apurou o Diário com uma fonte influente do PT local, distanciamento de duas alas. Uma é encabeçada pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT), aliado de Rômulo e de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-presidente estadual da sigla entre 2007 e 2013. Já Cuer está ligado ao deputado federal Rui Falcão, que concorre à presidência da executiva nacional juntamente com Edinho Silva.

“O Edinho é um grande parceiro nosso. Já foi ministro, prefeito. É um cara testado e vamos trabalhar para ser o nosso presidente nacional”, disse Marcelo Oliveira.

O concorrente de Rômulo defende a reformulação no diretório do ponto de vista financeiro e de proximidade com a base. Cuer acredita que a candidatura do PED é legítima, mas que atrapalharia o fortalecimento da sigla, uma vez que há interesse do parlamentar de concorrer à reeleição na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). “Sou parte de uma ala dentro do PT, da resistência socialista”, afirmou Cuer.

Rômulo Fernandes, procurado pelo Diário, evitou se alongar nas respostas e também rechaçou qualquer divisão no partido. “O processo está tranquilo. Existem duas candidaturas registradas, a minha e a do Luiz Cuer. Eles (chapa concorrente) protocolaram um documento na quarta-feira (30) que será examinado no seu devido tempo pela executiva municipal”, disse. 




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