O termo que usamos no título desta coluna nada tem a ver com fast-foods, mas o consumo de ítens ricos em Fodmaps pode trazer muitos desconfortos ao organismo. Atenção! A maioria dos alimentos que contém estes elementos é considerada saudável.
Os Fodmaps é um acrônimo para definir um conjunto de carboidratos presentes nos alimentos: oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis. São carboidratos não digeridos pelo trato digestivo humano, que contém substratos rapidamente fermentados por micro-organismos intestinais. Alimentos com alta osmolaridade atraem muita água para o intestino e podem causar diarreias e os substratos que são rapidamente fermentados pelas bactérias podem provocar gases e causar desconfortos como distensão abdominal e cólicas abdominais. Todos esses sintomas são comuns em pessoas com SII (Síndrome do Intestino Irritável).
A maneira mais simples de evitar esses sintomas é excluir os alimentos que contêm esses elementos da dieta, que deve ser prescrita e acompanhada por nutricionistas. Esse acompanhamento é necessário, pois na maioria das vezes deve-se excluir muitos alimentos, o que pode levar a deficiências nutricionais. Além disso, os ítens ricos em Fodmaps são retirados temporariamente da alimentação, não podendo ultrapassar oito semanas, pois provocam o desequilíbrio da flora intestinal e ocasionam obstipação intestinal. Após esse período, eles devem ser reintroduzidos na rotina alimentar gradativamente, sempre em pequenas quantidades, para possibilitar a descoberta dos responsáveis pela sintomatologia. No entanto, alguns indivíduos não apresentam melhora dos sintomas, necessitando da avaliação de outras possíveis causas.
A lista de alimentos ricos em Fodmaps é extensa. Veja alguns exemplos: oligossacarídeos fermentáveis: cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo e mel; galactooligassacarídeos: feijão e outros grãos (lentilha, ervilha, grão-de-bico); dissacarídeos: leites e derivados (principalmente queijos macios, como ricota e cottage), sobremesas à base de leite, cana-de-açúcar, beterraba; monossacarídeos: presente na maioria das frutas e no mel (maçã, manga, melancia, abacate, xarope de frutose); polióis: encontrado no Sorbitol, manitol e Xilitol – substitutos do açúcar muito utilizados nos produtos dietéticos, e também presente no abacate, cereja, tangerinas, ameixas.
Preste atenção no seu cardápio! Ao primeiro sinal de desconforto intestinal tente relacionar com os alimentos ingeridos e devagar vá retirando da dieta e observando se existe melhora no quadro. Busque sempre o auxílio de profissionais antes de adotar qualquer mudança na alimentação.