Nem todo animal é pet

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Marcela Munhoz

Não é só de cachorro, gato, peixe e passarinho que é feito o mundo dos bichinhos de estimação. Existe também quem cuida de porco, papagaio, tartaruga, coelho, cobra, chinchila e por aí vai. Os chamados exóticos. Essas espécies de mamíferos, de aves e até de répteis estão cada vez mais ganhando um cantinho em casa. Mas você sabia que, por lei, nem todos os animais podem ser criados em ambiente doméstico? Grandes felinos, como onças, por exemplo, estão absolutamente proibidos.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é a instituição que autoriza cada caso. O controle é bem rígido para evitar o tráfico de animais, ato de retirar os bichos de seu habitat natural. Muitas espécies em risco de extinção são atrativas para os criminosos. O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para os tráficos de drogas e armas. Portanto, não se envolva. Mais do que isso, denuncie: 0800-618080.

Mesmo assim quer ter uma arara-azul (chega até R$ 85 mil) ou uma jiboia (cerca de R$ 4.000)? Entre em contato com o Ibama, que vai indicar local autorizado – a lista pode variar em cada Estado. Além de preparar o bolso, também esteja absolutamente consciente de que vai precisar de enorme adaptação e adequação do espaço. Cada um se alimenta de forma específica, tem comportamentos diferentes e vivem muitos e muitos anos – papagaios passam dos 80 anos, jabutis, dos 100. Além disso, nem todo médico veterinário está apto para cuidar dos exóticos e silvestres, que podem transmitir várias doenças aos seres humanos e nós, a eles.

Entre os pets que podem ser criados em casa estão papagaios, corujas, cacatuas, tartarugas, cobras, iguanas, furões, coelhos, chinchilas, hamsters, iguanas, miniporcos etc. Os saguis também estão na lista. Para ter certeza de que essa espécie de primata está legalizada, verifique todos os documentos, exames e número de marcação (microchip) do criador. Eles precisam de muito espaço, alimentação variada e, claro, como todos os outros pets, muito amor e carinho. Site muito interessante sobre o assunto é o mundoexoticopet.com.br. Está com dúvidas?  Ligue para o Ibama (www.ibama.gov.br): (61) 3316-1611. O Instituto respondeu a perguntas desta coluna, confira:

Quais as diferenças entre animais silvestres e exóticos?

A Lei 9.605/98, conhecida como lei de Crimes Ambientais, em seu Artigo 29, Parágrafo 3º, define animais silvestres como “todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras”. Já a fauna exótica diz respeito aos animais que teriam todo o seu ciclo de vida no ambiente natural externo ao território brasileiro, caso não houvesse interferência humana.

Quais podem ser criados em casa?

Criação, para o entendimento jurídico, trata de reprodução e venda de animais.

Os interessados em possuir animais silvestres deverão adquiri-los em criadouros autorizados pelo órgão ambiental competente. Existem, no Brasil, criadouros de diversas espécies nativas e exóticas.

Quais são os principais cuidados desse tipo de criação?

Além de adquirir o animal em criadouro autorizado, o proprietário deverá garantir o bem-estar do animal com espaço, ambiente e alimentação adequados, cuidados veterinários entre outros.

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