Quando viajar é prioridade

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Karine Manchini

 Após viajar pela primeira vez, e sozinha, aos 24 anos para Inglaterra, Luciana Quadros Canassa, 47 anos, consultora de gestão de São Bernardo, nunca mais parou. Foi a trabalho para o país britânico e lá aproveitou as chances para estudar inglês e passear pela Europa. A partir de então, decidiu que viajar sempre será prioridade. Atualmente, já visitou 23 países, mas seu objetivo é passar de 100 destinos.

"Viajar é aprender, conhecer novas formas de viver e pensar. É traduzir as pessoas pelas comidas que experimento e pelos costumes que cada país tem. Trabalho com gente e a cada nova viagem amplio meu olhar e aplico novas estratégias na minha profissão”, analisa.

Luciana lembra que na época em que viajou as pessoas não costumavam andar de avião nem dentro do Brasil. “Era algo muito pontual”. Por três meses viajou a cada cinco semanas para um lugar diferente e andou por oito destinos, entre eles França e Escócia.

“Estava sozinha e nunca tinha viajado sem meus pais. Me locomovia para o trabalho de maneira intuitiva. Quando não existe medo das pessoas e situações, o universo conspira para que coisas boas aconteçam. Vendi meu carro para poder viajar mais e não me arrependo”, lembra. De acordo com a gestora, a experiência mostrou que é preciso estar aberto para estabelecer contato com as pessoas. “Foi isso que me despertou o desejo que tinha de conhecer o mundo inteiro.”

Foram muitos os destinos,mas ela destaca os mais inesquecíveis, além da Inglaterra. “Lisboa, Roma e toda Grécia. Minha filha Luiza, de 16 anos, quer ser arquiteta e foi muito marcante a Ilha de Santorini, porque o local chamou atenção dela pelas belas construções, que deixam a gente encantada. Ela viu o lugar e me disse que aquele era o sonho dela. Essa viagem foi essencial para tomar a decisão de querer essa profissão. Trouxe de volta uma menina que já sabia o que queria.”

A outra viagem foi para Tailândia, que tem culinária que “deixa saudade.” “PadThai e Curry são pratos tão especiais que até aula de culinária fizemos para incorporar mais a rotina da minha casa. Minhas filhas amaram a experiência, pois já cozinham desde cedo.”

A filha mais velha, Giulia, 19, é engenheira de alimentos e o estilo de alimentação da Ásia é bem diferente, o que chamou atenção dela também. “Giulia fez tatuagem durante a viagem, a sak yant, por monges em um templo.” Após terminar o desenho, Luciana explica, ele abençoa e explica que os poderes conferidos por este simbolismo exigem que a pessoa cumpra fundamentos do budismo, essencialmente os mesmos mandamentos cristãos. “Viajo com minhas filhas desde que são crianças. Passo para elas o mesmo prazer que tenho do envolvimento com pessoas. Crio as meninas sozinha há muito tempo, elas são minha extensão, meu coração fora do peito”, finaliza.

DICAS
Com sua experiência, Luciana passa dicas para quem quer se relacionar bem com os habitantes do local a ser conhecido, aproveitar o passeio e ficar tranquilo com a escolha de hotéis. “É legal conhecer uma dúzia de palavras básicas do pais de destino como: ‘obrigado’, ‘desculpe’ e ‘sou brasileiro’. Porque as pessoas conseguem ver seu esforço em se comunicar. Outra dica é prestar atenção à sua volta, mais olho e menos câmera fotográfica. O que registramos com os olhos nenhuma máquina registra. Eu mesma. tiro poucas fotos.” O preço das passagens é determinante na escolha dos roteiros. “Tenho cadastro em sites como TripAdvisor e Expedia, que me auxiliam na hora de encontrar hotéis com boas recomendações”, finaliza.




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