Monte Verde sempre pronta

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Junior Carvalho

Quem conhece Monte Verde, pequeno distrito da cidade de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, sabe que o clima de inverno, combinado com o charme dos chalés e restaurantes, se torna ambiente ideal para curtir o frio típico do meio do ano, regado à comida mineira e um bom vinho.

Porém, para atrair ainda mais turistas, a cidade está reforçando o convite para que as visitas não sejam apenas nos meses mais frios. Exemplo é que o tradicional Festival Gastronômico de Monte Verde, costumeiramente realizado em junho, será promovido em outubro, em plena primavera.

Situado a cerca de 2.000 metros de altitude e em meio à Serra da Mantiqueira, Monte Verde tem, sim, como marca registrada as baixas temperaturas – os termômetros chegam a marcar mais de 6ºC negativos – mas é fácil listar as inúmeras vantagens de passar pela Suíça Brasileira quando a temperatura está amena.

A começar pelas várias opções de trilhas, esportes radicais – como tirolesa, parede de escalada e arvorismo – e passeios ao ar livre. Quem não consegue encarar horas por dentro da mata, pode escolher trilha de 40 minutos que leva até à Pedra Redonda. De lá, em dias com o céu aberto, é possível avistar as cidades do Interior paulista que ficam no Vale do Paraíba, como Taubaté e São Jose dos Campos. Trilhas até Chapéu do Bispo e Pedra Partida também têm seus fãs.

Em todos os lugares é possível também encontrar serviço de aluguel de quadriciclos, motos e jipes. O passeio de jipe, por exemplo – que custa R$ 70 por pessoa, em média – leva o turista a dar um giro pelos principais pontos turísticos da cidade. Vale a pena!

Avião é usado como suíte presidencial; local pode ser visitado

Fato é que, independentemente da época que se viaja, Monte Verde é melhor aproveitada a dois. “É o que o pessoal fala mesmo daqui, fiquei encantada”, elogia a escrevente Graziela Coimbra, 35 anos, que foi acompanhada do namorado, o professor Alessandro Frediani, 32. O casal passeava pela badalada, e única, Avenida Monte Verde, onde estão os restaurantes, bares, cafés e, claro o comércio. Quer conhecer? Pode dormir até mais tarde, pois tudo lá abre após às 10h.

E se gosta de dormir bem, a cidade é o paraíso. Monte Verde dispõe de mais de 40 hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos. Uma das mais conhecidas é a Vivie Pousada, que, inclusive, integra a rota turística de lá. Isso porque, entre seus 12 chalés, o local oferece a Aero Flyer, como é chamada a acomodação presidencial, a bordo de um avião Embraer da década de 1980. “Comprei no ferro velho. O avião sucateou porque a empresa faliu e começaram a tirar peças” explica o proprietário da pousada, Marcel Pinto de Oliveira.

A instalação da aeronave começou a ser feita em 2014 e a adaptação durou dois anos. Com área total de 178 m² e três andares (acoplados como anexo ao corpo do avião), casais apaixonados por aviação podem usufruir de um ‘voo’ sofisticado, cercados por área arborizada com o conforto de uma suíte – o quarto tem cama de casal, lareira, ar condicionado e TV. Só a diária é que faz as pessoas a voltarem um pouco os pés no chão: custa entre R$ 1.590 e R$ 2.990, dependendo da época, e acomoda até três pessoas (possui sofá-cama). As diárias dos demais chalés da pousada são, em média, R$ 350 por casal.

Já para quem vai com amigos e deseja conhecer os sabores de uma comida preparada à lenha, a dica é a Morada Rancho da Lua, de Nico Queiroz e Regina Tapajós. Sem economizar no bom-humor e na receptividade, o casal, que mora na pousada, abriga turistas de todos os cantos na sua casa, no sistema bed&breakfast. O local dispõe de duas suítes e custa pouco mais de R$ 300.

O jornalista viajou a convite do restaurante Bom Di+ Bistrô Mineiro.




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