‘Galope aos Quatro Ventos’ traz música, memória e poesia

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Marcela Munhoz

 Não é à toa que os nordestinos são conhecidos por serem ‘cabras arretados’, que exalam alegria e criatividade. A cultura de lá parece brotar de cada lar. E um pouco de cada coisa que o cearense Zaca de Oliveira viveu, sentiu, aprendeu e viu está no CD independente Galope aos Quadro Ventos.

Minha inspiração veleja por três universos: minha memória, o sertão e a literatura. Usei o termo veleja porque dentro desses universos sinto que, às vezes, escrevo algo mais rústico, ora brando, ora onírico, subjetivo. As novenas, os declamadores de cordel, cantadores de feira, isso sempre fica na memória de quem nasce no sertão. Posso citar Elomar Figueira Melo no cancioneiro. Guimarães Rosa e Euclides da Cunha me causaram fortes impressões na literatura”, explica o músico, poeta, compositor e ‘cantador’ Zaca.

Galope aos Quadro Ventos tem 12 faixas, sendo 11 músicas e um poema, todos autorais. O projeto é resultado de parceria de seis anos com o educador, violonista, rabequeiro e compositor de Santo André Bruno Menegatti. “Compusemos mais de 30 músicas. Quase sempre criamos ao mesmo tempo. Sempre que nos encontramos gostamos de tocar e, no meio da prosa, salta uma fagulha mais brilhante”, explica o cearense.

Quem quiser ver um pouco do trabalho pode ir na quinta-feira (27), às 20h, ao Instituto Cultural Capobianco (Álvaro de Carvalho, 97), em São Paulo. No dia seguinte, eles estarão no Sesc São Caetano, às 19h30, ao lado do poeta paraibano Paulo Dantas. “Lembrando que fizemos a gravação, mixagem e masterização do álbum em dois anos. Foi uma labuta possível pela parceria com o maestro Villlas Boas. Mais adiante pensamos em fazer uma tiragem em vinil”, finaliza Zaca.




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