Espaço para o verde

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Stefanie Sterci

Antigamente, frequentar parques e áreas verdes era algo tranquilo, rotineiro, mas com a falta de segurança das grandes cidades a maioria das pessoas trouxe o paisagismo para o conforto da própria casa. A vegetação é ótima aliada na decoração, especialmente por apresentar mais cores e vida. Opções para quem deseja abraçar este conceito são infinitas, mas é importante levar em conta o estilo, medidas, temperatura, além de orçamento financeiro e condições prioritárias para desempenhar esta ação no interior do lar.

Em ambientes de casa ou apartamentos grandes, o processo de criação do projeto paisagístico pode ser facilitado devido à dimensão ser maior, mas os ambientes pequenos não ficam inviabilizados por causa dessa questão e podem ser cenários de excelentes ideias.“O mais importante é que todas as flores tenham, no mínimo, quatro horas de sol diariamente, porém, existem opções para lugares fechados, entre elas estão a samambaia, alguns tipos de orquídeas, jiboia e avenca, que são mais resistentes”, explica a paisagista Cármen Bosso.

Se o problema for a falta de tempo para cuidar das folhagens, é possível optar pelas chamadas suculentas, espada-de-são-jorge, cacto e rosa do deserto, que são alguns exemplos fáceis de manter. Elas são capazes de armazenar água e enfrentar altas temperaturas, não tendo a necessidade de serem regadas constantemente. As artificiais também são saídas práticas, apesar de perderem o ar de naturalidade. Outro quesito é optar por sistema de irrigação automática.

E se os bichinhos amados se tornarem motivos de resistência? Animais podem ser um grande empecilho, tanto na questão de intoxicação ou até mesmo na organização dos espaços verdes. Além do adestramento como solução, o cenário da decoração paisagística pode ser fixado mais no alto, nas paredes e em painéis, de forma moderna e segura. No caso de crianças, há maneira interessante para formatar o verde e o colorido. Tendência no segmento são as plantas comestíveis e frutíferas, entre elas, a jabuticabeira, pitanga, araçá, cebolinhas e salsas, que resgatam o clima do campo, o trabalho em família e os filhos ainda se divertem ajudando a cuidar.

É totalmente possível cultivar frutos, ervas e legumes em pequenos vasos, tendo a sua própria horta doméstica sem necessidade de amplitude, mas sempre lembrando da importância das informações para seus devidos cuidados. Vale ressaltar, como já dizia o poeta Mario Quintana, que “o segredo é não correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você”.

SOFISTICAÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, não são apenas áreas externas que combinam com arranjos, mas qualquer cômodo. “Sempre trazem uma leveza e calma, e podem ser utilizados na sala, lavabo e dormitórios também”, comenta a arquiteta são-caetanense Eloisa Rosseto. Para não gerar desarmonia, é preciso se atentar aos detalhes. Nos cômodos mais simples, vasos de vidro preenchidos com pedras decorativas, frutas e flores, se tornam diferenciais. No aspecto clean ou minimalista, tons pastel, recipientes de porcelana e com design retos são preferenciais. Para o clima rústico, são indicados vasos de barro, cerâmicas ou fibras, desde varandas até banheiros. E se a decoração for clássica, utensílios de cerâmica, murano ou cristal complementam. É importante olhar para o conjunto e encontrar o perfeito casamento de composições.

Grande aposta que une a estética com o meio ambiente, são os jardins verticais, conhecidos por serem adaptáveis em todos os diâmetros, além dos quadros vivos e as floreiras, que também são utilizados em fachadas. Para aqueles que não dispensam o glamour, o verde também tem esta característica. “O paisagismo bem trabalhado por si só já é um toque de luxo, pois traz a humanização”, detalha a arquitetura Eliana de Sousa, de São Bernardo.

RECICLÁVEIS

Em tempos de crise, o método de ‘faça você mesmo’ está crescendo em diversos setores e a jardinagem segue o mesmo nicho. Pallets e ideias que envolvam reciclagem, usando garrafas pets e latinhas que iriam para o lixo, podem ser utilizadas como adornos, reduzindo custos e explorando a criatividade com requinte. “É necessário prestar atenção na hora de escolher. Muitas vezes compramos itens que nunca serão usados e o impulso leva ao fracasso”, afirma Carmen, sobre a importância do profissional para instruir o que encaixa com a estrutura, e isso gera quebra desnecessária no planejamento.

 



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