Pratique superação

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Marcela Munhoz

Quem está no papel de espectador em uma prova de rua se emociona com a força de vontade dos corredores. Pensa como seria bacana ter a mesma sensação que aquela pessoa ao cruzar a linha de chegada, mas logo se boicota achando que não vai conseguir, que nunca vai endorfinar (inundar o corpo com endorfina, o hormônio do bem- estar) e desiste antes de tentar. Porém, já está mais do que na hora de se dar um voto de confiança. A boa notícia é que é possível preparar o corpo para enfrentar prova de rua. Fortalecimento dos músculos, treinamento de respiração e ritmo, além de, principalmente, se agarrar a alguma motivação são passos essenciais. E o pessoal do projeto Sob Medida, da Dia-a-Dia, topou encarar também este desafio (saiba mais sobre e acompanhe o semanário dos participantes no site www.diaadiarevista.com.br/sobmedida, que tem o apoio da Toledo do Brasil.

A Meia Maratona de Santo André, no fim de abril, foi a primeira expe­riência de Tauana Marin, 31. Ela completou os cinco quilômetros em uma hora e dez minutos. “Foi bem difícil, me senti muito cansada, mas fiquei feliz por participar. Feliz e estimulada a melhorar meu tempo para a próxima no dia 22 (a primeira do Circuito de Corrida de Rua do Diário, saiba mais no www.dgabc.com.br/circuitoderua/2016). Comecei a treinar intensamente na academia e em menos de uma se­mana já consegui baixar meu tempo”, conta. Como Tauana nadou por 15 anos, a competição continua sendo um grande estímulo para ela. “E na corrida o principal adversário é a gente mesmo. Fiquei impressionada com a quantidade de gente bem mais velha que termina a prova superbem. Só tenho 31 anos, vou chegar lá.”

O Sob Medida também está incentivando Rafael Santos, 35, a voltar a correr. De 2004 a 2010, seu ritmo de competições de rua era bem intenso, mas vieram obrigações pessoais e a corrida ficou em segundo plano. Até agora. “Comecei a correr para emagrecer e controlar a ansiedade, e viciei em endorfina, em superar minhas marcas. Aos poucos estou conseguindo colocar a corrida novamente na minha vida. Venho ao trabalho andando pelo menos quatro vezes por semana e pretendo terminar bem os dez quilômetros das sete provas do Circuito do Diário”, conta. Como dicas, Rafael acredita que é muito importante aprender a respirar e identificar o ritmo em que se sente mais confortável. “E, claro, treinar sempre. Sem treino não há corrida.”

O CAMINHO DAS PEDRAS

É exatamente por ai que o corredor de primeira prova deve ir, sempre com ajuda e supervisão. De acordo com Stefano Pilon, personal trainer e consultor em fitness, a respiração e o ritmo são realmente os maiores desafios para quem está começando. “O ideal é soltar mais o ar do que inspirar. E em relação ao ritmo, só com treino as pessoas começam a perceber como funciona. O dia a dia faz toda a diferença, assim como a continuidade. Não tem importância começar bem leve – 30 segundos correndo e dois minutos andando, por exemplo. O ideal é a pessoa se sentir bem e ir aumentando a intensidade aos poucos.” Anote o tempo em uma planilha e calcule a velocidade que está conseguindo atingir (sites como http://temporun.com.br/calculadora-pace.asp sãos opções). Com o decorrer dos dias, a quilometragem vai aumentando naturalmente. “Mas não desista nem perca o foco. No começo, não é fácil mesmo”, enfatiza o profissional.

O fortalecimento da musculatura, especialmente dos joelhos, e a alimentação saudável fazem toda a diferença. Quanto mais magra a pessoa é, mais fácil fica correr e uma coisa é consequência da outra. Há uma semana da prova, os cuidados devem ser redobrados. Programe treinamento leve e, ao menos, dois dias antes opte por massagem e caminhada. Dica essencial é não mudar nada da rotina no dia da corrida. “Deixe para usar tênis e roupas novas antes e não coma nada do que não esteja acostumado. O ideal é si­mular o dia da prova nos fins de semana anteriores. E aproveite. O clima da corrida é muito bacana”, finaliza Pilon.




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