Olhar minucioso sobre o violão

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Vinícius Castelli<br>Do Diário do Grande ABC

Depois de trabalhar incansavelmente, por mais de ano, na mostra individual Do Verbo se Fez Arte e na exposição coletiva Coleta ABC – que rodou todas as cidades da região –, o artista plástico de Mauá Dener de Sousa embarca em outra empreitada.

Ele apresenta, na Pinacoteca de Mauá, situada no saguão do Teatro Municipal, a mostra inédita Ressoar no Tempo – A História do Violão, que fica em cartaz até 29 de março, com visitação gratuita.

Trata-se da nova safra de trabalhos do artista, que surgem com a sugestão de contar a história de um dos mais tradicionais instrumentos do mundo, o violão, sua trajetória, surgimento e desenvolvimento. “Os trabalhos foram realizados entre 2018 e 2020”, adianta.

O contato do mauaense com a música sempre se deu de forma amadora. Mas ele explica que a ideia de realizar uma exposição para contar a história e a evolução do violão surgiu após uma conversa com o maestro violonista Robson Miguel, de Ribeirão Pires. “Minha parceria com Robson neste projeto se inicia quando ele me apresentou seus estudos sobre a evolução do domínio humano no controle dos sons até a concepção atual do instrumento musical”, explica.

Foi quando veio a ideia de retratar de forma visual os estudos do Robson Miguel, “resultando neste conjunto de obras que compõem a exposição”.

Dener explica que, ao longo da produção dessa safra e dos estudos para ela, o que lhe chamou a atenção foi  a persistência humana ao longo da história, “no desejo de utilizar  os sons como canal de  expressão de seus sentimentos e pensamentos”.

No total, a exposição é ilustrada por 19 peças. Dener adianta que nenhuma delas pode ser comprada, por ora, pois há a intenção de que a exposição corra por outras cidades. Em cada uma das obras há pequenos textos com breve explicação sobre o instrumento retratado.

E, para criar, Dener continua tentando manter a união entre a arte e a consciência ecológica, sempre reutilizando materiais. Por isso, agora não foi diferente. Todas as obras foram produzidas sobre papel paraná, “que é a sobra da produção de uma empresa de sublimação de tecidos, onde retiro as folhas que seriam descartadas e as ressignifico. Após a sua preparação, as transformando em suporte para minha expressão artística”.

Ressoar no Tempo – A História do Violão – Exposição. Na Pinacoteca de Mauá – Rua Gabriel Marques, 353. Até dia 29 de março. Visitação das 8h às 12h, e das 13h às 17h. Entrada gratuita.




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