Cebolas e alho dourados, carnes assadas, preparo de almôndegas e brigadeiros que dão água na boca. Esses foram alguns dos ‘assuntos’ para quem acompanhou o trabalho do chef Daniel Bork na TV nos últimos anos, como no programa Cozinha do Bork, da Band, onde atuou até o fim do ano passado.

Agora, para celebrar as duas décadas de carreira em programas diários de culinária, o apresentador paulistano de 54 anos fez um apanhado das receitas que apresentou na frente das câmeras e coloca no livro A Cozinha de Daniel Bork (Editora Alaúde, 192 páginas, R$ 45,90, em média).

A obra ganha vida ilustrada por 80 opções de receitas exclusivas. Segundo o autor, é uma reserva pessoal. “Escolhi um pouco de cada coisa para as pessoas usarem em todas as ocasiões. Pode perceber que este livro tem o gosto do brasileiro, receitas que nos deixam felizes e de fácil assimilação. Pois muitos livros não batem com nossa cultura gastronômica”, explica.

Daniel conta que o projeto levou quase um ano para ficar pronto, entre escolher os pratos, digitalizar e produzir. Ele diz ainda que o processo de escolha do que colocar no livro sempre é difícil. Daniel explica que usou critérios de praticidade, economia e variedades. “Todas as receitas foram executadas no programa, então já haviam passado pelo meu crivo de aprovação. Quis pôr um pouco de cada coisa, pois assim os leitores podem usá-lo (o livro) todos os momentos do dia, noite, fim de semana.”

Sugestões de pães, tortas bolos, salgadinhos, biscoitos, carnes e pratos vegetarianos estão nas páginas. O chef conta que, na curadoria do que colocar na obra, encontrou receitas que nem se lembrava mais, como, por exemplo, bolo salgado de espinafre, e pastel de forno de carne moída. “Tudo está de dar água na boca, mas uma combinação que gosto muito é do bolo de chocolate branco e abacaxi, que está na página 148, a focaccia (pág. 134), e a famosa coxinha turbinada (pág. 115). Com um molho de pimenta, então!.”

Entre as cozinhas que chamam sua atenção, Daniel cita a italiana. “Creio que encanta o mundo, pois ela é muito variada, conforta o corpo e satisfaz o paladar. Aprender a degustar o antepasto, primeiro prato, o segundo prato e a sobremesa é uma experiência incrível de domínio próprio e satisfação”, afirma.

Daniel conta que sua mãe, Dona Eny, foi e ainda é sua grande influência. “Ela sempre esteve na frente do fogão com esmero e dedicação, preparando almoços, jantares e pratos dominicais para toda a família”. Segundo o chef, sua paixão pela cozinha surgiu na adolescência, quando era exigente quanto ao ponto do bife e ao tempero do feijão. “Meu paladar sempre me alertava quando alguma coisa estava fora do compasso, e até hoje sou exigente com o que como. Mas reconheço que existem momentos que a amizade é mais importante do que minha opinião sobre o prato”, diz.

Apesar de estar, por ora, fora da TV, Daniel não tira esse caminho dos planos. “Aguardo um convite de uma emissora que me abra a porta para continuar fazendo um trabalho de prestação de serviço para o grande publico, com receitas fáceis econômicas com amor e bom humor”, encerra.